3 de mai. de 2009

Mães, celebrando o amor

Há mais de um século o Dia das Mães é comemorado. Tudo começou nos Estados Unidos, em 1905. E foi exatamente o amor o grande motivador da jovem Anna Jarvis, que havia perdido a mãe e queria homenageá-la todos os anos com um dia só pra ela. Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criada a data especial. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador da Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração. Em 1914, a celebração foi unificada nos Estados Unidos, sendo comemorado sempre no segundo domingo de maio. Em pouco tempo, mais de 40 países adotaram a data.
Mas se procurarmos um pouco mais, há muitos outros registros na história, inclusive mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a mãe dos deuses. O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com suas mães. Era chamado de “Mothering Day”, fato que deu origem ao “mothering cake”, um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Tempo, tempo, tempo

História à parte, o que podemos afirmar é que a relação mãe-filho é visceral, vem de dentro, do corpo e da alma. Qual mãe não faz tudo por seu filho? E que relação é essa que carregamos para o resto de nossas vidas, que determina caminhos e serve de base para outras relações? A ciência explica os parâmetros psicológicos de tudo isso, mas aqui tratamos do afeto. Desse sentimento que brota de forma avassaladora, que torna a mulher plena, no olhar de tantos.
Famílias inteiras se reúnem, comemoram, é tradição passada de geração para geração. Ontem criança, hoje mãe, amanhã avó. E assim, a família ganha mais consistência, se fortalece para enfrentar a vida, o dia-a-dia, as mudanças sociais.

Bisavó, avós, pais, filhos – Dias das mães da Família Souza em 1963

Pegando como exemplo essa família do interior do Rio de Janeiro, podemos ver que, independente da virada do século, das mudanças tecnológicas e de relacionamento, da crise econômica, da minissaia, do biquíni cavadão, da mãe que saiu do lar e ganhou o mercado de trabalho, tem coisa que não muda nunca - a família.

“Família, Família, família,
Vovô, vovó, sobrinha.
Família, famíliaJanta junto todo dia.
Nunca perde essa mania...”
Trecho da música do Titãs - Compositores: Arnaldo Antunes e Tony Bellotto

E na grande maioria dos lares brasileiros, a mãe continua sendo o alicerce. A mãe solteira, a mãe-pai, a mãe como chefe do lar ou dividindo espaço com o companheiro, o amor que liga mães e filhos, é bonito de se ver, de sentir e de passar para os mais novos. E para ilustrar, o jovem casal de 1963, sentado no canto direito da foto multiplicou: filhos, netos e muita gente pra chegar. Feliz Dia das Mães, para todas as mães aqui presentes e para você que nos lê nesse momento.