17 de jul. de 2009

Lançamento Revista Península


Editorial
A valorização do espaço está por todo canto. Detalhes, escolhas, cuidado com o todo e suas partes. Quem escolhe este espaço na verdade escolhe muito mais do que uma nova moradia, mas uma forma diferenciada de viver e contribuir para a casa maior, o planeta Terra. Essa concepção de valorização do verde, da preservação do meio ambiente vem desde o primeiro Projeto Península, e lá se vão quase duas décadas. De lá prá cá, o que era projeto ganhou forma, contornos e a multiplicação é visível. As crianças que aqui circulam, além de brincar também aprendem, e educação ambiental pra eles é lugar comum, é arroz com feijão, é o que deveria ser para todo mundo. Isso é apenas uma pequena pincelada de uma tela linda e imensa.
E nessa tela, a mão do artista (de quem vive ou trabalha nesse espaço) descobre novas nuances, novas formas de se comunicar, interagir e criar mecanismos de crescimento e da melhoria da qualidade de vida. Tudo é pensado para que haja sintonia entre todos os envolvidos e que a vida flua com total harmonia e equilíbrio.
A Revista Península chega até você para ser mais uma ferramenta de interação. Contamos com a sua participação, sugestão, críticas. Contamos com as suas pinceladas para melhorarmos a nossa comunicação.
Acreditamos que esse quadro, pintado a muitas mãos, tem o céu como moldura e o verde como condutor, e no meio disso tudo está você e eu. Gente que vive e acredita que o melhor lugar do mundo é aqui.

I Q U E

Riscos, rabiscos, pincéis, tintas, textos, massa, barro...
matéria-prima que constrói, dá a cor, cria a imagem
desse carioca de 47 anos que escolheu a arte como
parceira de vida, e vive um longo e feliz casamento.

Jornalista, cartunista, escultor e roteirista. Chargista do Jornal do Brasil há mais de duas décadas. Autor roteirista da TV Globo, atualmente escreve o programa Zorra Total. Dois livros publicados. Dois prêmios Esso de Jornalismo. Duas esculturas suas no Rio de Janeiro. Ique é isso tudo e também o seu vizinho, morador da Península, espaço cercado pelo verde, que serve de inspiração, refúgio, porto seguro.

Revista Península: Ique, vamos começar pelo princípio, na verdade, pelo nascimento. Nome de Batismo?
IQUE: Victor Henrique Woitschach. Eu nasci em Campo Grande, MS e saí de lá rumo ao Rio de Janeiro aos 20 anos.


Revista Península: E como surgiu o apelido?
IQUE: Esse era meu apelido de infância. Quando comecei, aos quinze anos, no jornal Diário da Serra, em Campo Grande, eu assinava com meu primeiro nome. Mas como era o final da ditadura, e no interior do país a repressão ainda era muito forte, sem contar com o coronelismo regional, que não admitia que nenhum tipo de crítica ou irreverência questionasse seus mandos e desmandos, eu tive que usar um pseudônimo que dificultasse meu reconhecimento. Na verdade, aos 19 anos eu fiz concurso e me tornei funcionário público estadual, fazendo as charges da primeira página do jornal de maior oposição na região. Qualquer associação do chargista ao funcionário da secretaria de educação seria fatal. Pelo bem da verdade, não adiantou muito, mas pelo menos me deu um pseudônimo que funcionou como nome artístico e é de fácil lembrança.

Revista Península: Conta pra gente como você descobriu essa veia artística, como foi o início da sua carreira, quais os grandes incentivadores?
IQUE: Eu nunca me imaginei fazendo outra coisa na vida. Desde criança, desenhava muito e me dedicava tecnicamente ao desenho. Tratava aquilo como algo muito sério. Sofri críticas da família, muito conservadora, e só recebi incentivo dos estranhos. Professores me presenteavam com livros, revistas e com oportunidades pra desenvolver minha arte. Minha inspiração maior era um americano chamado David Levine, que revolucionou o traço no mundo quando usou a “hachura” para enriquecer os desenhos num momento em que a impressão de jornais e revistas não ofereciam recursos de meio tom, luz e sombra.
Chegando ao Rio de Janeiro, trabalhei na DEMUZA quando os trapalhões se separaram e iniciaram carreira solo. Com Dedé, Mussum e Zacarias, fiz meu primeiro trabalho de peso para um filme: “Atrapalhando a Suate”. Quando finalmente cheguei à grande imprensa, mais precisamente no Jornal do Brasil, tive no cartunista Lan a figura do mentor. Mais do que um pai pra mim, naquele momento, ele teve a sensibilidade de reconhecer em mim o jovem talento que chegava na redação e que não podia ser desperdiçado. Com isso, me abriu todas as portas possíveis e imagináveis. Devo muito ao meu mestre LAN.

Revista Península: Você acredita que, de modo geral, a crise política e financeira, os grandes escândalos pelo Brasil afora, a corrupção desenfreada, tudo isso é fonte inesgotável de piadas para os humoristas?
IQUE: Infelizmente é. Mas disso jamais nos livraremos por sermos humanos e convivermos em sociedade. Uma sociedade cada vez mais adoecida e sem referencial ético. O papel do humorista gráfico, de imprensa é muito importante. Na verdade somos jornalistas que desenham, que fazem suas crônicas diárias através de imagens.
Revista Península: O mensalão, dinheiro na cueca, os grandes escândalos do governo Lula renderam charges engraçadíssimas. Você mesmo criou várias. Fala de uma delas em especial?
IQUE: Mais do que charges engraçadas, elas estão sempre carregadas de muita crítica e de uma preocupação jornalística responsável. Nosso trabalho vai até onde a fotografia não pode ir. Temos a licença poética de poder criar, em desenhos, situações que correspondem à realidade, expondo, de maneira irreverente e contundente, as víceras do poder e suas mazelas, mas que carregam essa realidade de irreverência. Nós somos os instrumentos da voz popular. Nesta charge, em que eu coloco no chuveiro quase todos os membros do PT envolvidos no escândalo do mensalão, me permito usar uma pequena legenda como a cereja do bolo pra reforçar a situação delicada em que eles se encontram: Alguém tem que se sacrificar e pegar o sabonete, que é o mensalão, que caiu. A metáfora visual fala por si só.
Revista Península: Dois prêmios Esso de Jornalismo*, um reconhecimento ímpar pelo seu trabalho. Quais foram os trabalhos premiados e quando?
IQUE: Tive dois trabalhos premiados num momento muito importante de minha carreira, em 1990 e 1991. A charge política não era incluída no Prêmio por não ser considerada jornalismo, como a diagramação e o fotojornalismo. Eu ganhei os dois primeiros anos, e fim. A categoria acabou logo em seguida, me deixando como o único profissional do mercado a ter recebido tal honraria na história da imprensa brasileira. Os dois trabalhos foram sobre o governo Collor. Um no início, mostrando o filhinho de papai ganhando o palácio do Planalto de brinquedo no Natal, e a outra demonstrando todo o seu poder.



Revista Península: Dois livros de charges publicados. Fala um pouco sobre esses dois trabalhos.

IQUE: Os livros são duas coletâneas dos meus melhores momentos no governo Sarney e no governo FHC. O primeiro, intitulado “Brasileiras e Brasileiros”, com charges ainda em bico de pena, publicadas exclusivamente pelo Jornal do Brasil. O segundo já com trabalhos em cor, a lápis de cor e ecoline, publicados na primeira página do Estadão de S. Paulo. Esse livro teve uma tiragem recorde de 120.000 exemplares, pois foi solicitado pelo departamento de marketing da empresa pra ser o Brinde promocional pela renovação de assinaturas de toda a carteira do jornal. Sucesso inesperado.

Revista Península: É mais fácil ou apenas diferente criar charges hoje? A ilustração digital facilita muito o trabalho ou ainda é o talento que comanda o show?
IQUE: A criacão é e sempre será a mesma. Obviamente ela é quem orienta uma série de prioridades e escolhas, mas o talento, a técnica apurada, a sensibilidade artística sempre comandam o show. Obviamente que a ilustração digital, a pintura digital oferece uma facilidade incrível. Não poderia ser diferente. Se é uma tecnologia avançada, teria que trazer inovações e vantagens técnicas que o trabalho convencional não oferece. E a maior vantagem é a velocidade na execução dos trabalhos, na assepsia, na praticidade. Com um laptop na praia, em qualquer lugar desse nosso litoral fantástico, você pode fazer uma pintura digital, virtual riquíssima. Mas sem tecnicamente saber como se faz no papel, não adianta pegar o computador e achar que todas as ferramentas, filtros que simulam quase todas as situações reais, vão fazer o trabalho pra você. E pior, você vai ter que se readaptar ao comportamento do computador. O maior exemplo que dou é o do vídeo game que simula corridas de carro. Por melhor motorista que você seja, pilotando um simulador de corrida, você bate o tempo todo. O mesmo vai acontecer desenhando no computador. Pelo menos até você se adaptar ao “drive” da caneta virtual que se usa pra desenhar. Sem talento não dá.
A grande maioria dos trabalhos que tenho publicado em jornais, revistas, programações visuais, cenários e animações para TV e cinema, são virtuais. São criados e executados diretamente no computador, sem nenhuma participação do lápis e do papel.
Revista Península: Quem caminha por Ipanema e passa pelas ruas Visconde de Pirajá e Garcia d’Ávila esbarra com um trabalho seu que ganhou grande repercussão na mídia. A escultura do Corneteiro do Exército Luís Lopes, pivô de uma grande confusão na Batalha dos Pirajás, em 1822. Ao receber ordens para soar na corneta o toque de retirada, sabe- se lá por que emitiu o som de ataque. A tropa brasileira avançou, assustando o exército luso, que bateu em retirada. O corneteiro acabou sendo, sem querer, uma espécie de general do embate vencido na Bahia. Conta pra gente como foi desenvolver e criar essa peça?
IQUE: Foi uma encomenda direta do prefeito Cesar Maia. Ele conhecia a história irreverente do corneteiro atrapalhado, e me pediu que criasse uma charge tridimensional daquela história, como se a notícia da vitória do exército brasileiro em Pirajá tivesse acontecido naquele instante. Luiz Lopes o corneteiro, com um toque de corneta, enganou os rebeldes tocando “avançar degolando o inimigo”, enquanto estava encurralado com seus companheiros, à beira da morte. Pensando estarem cercados, os rebeldes bateram em retirada dando a vitória e consolidando definitivamente a independência de nosso país.

Revista Península: Este trabalho é um filho querido? Você sempre passa por lá para lamber a cria? E qual e a outra escultura que você tem no Rio de Janeiro?
IQUE: Visito sempre meu filho de bronze que mora ali em Ipanema. Faço a manutenção anual por minha conta pra que a peça esteja sempre reluzente, pra retribuir o carinho que recebe, não só dos cariocas, mas de todos os turistas que passam ali para visitar e interagir com ela.
Revista Península: E como é escrever o Zorra Total? Como é esse bastidor do humor brasileiro?
IQUE: Escrever o Zorra Total é um prazer, uma diversão acima de tudo. É pra mim uma conquista pessoal, de complemento profissional. É um exercício ao roteiro, que nesse caso, é pra televisão, mas que tem muita técnica semelhante a do cinema. Tenho um sonho de escrever um programa de televisão, um filme, e um longa de animação. E toda a experiência adquirida nesses mais de 30 anos de profissão tem contribuído muito pra queimar etapas e me dar muito prazer profissional.

Revista Península: Dois prêmios Esso. Dois livros publicados. Duas esculturas. TV, Jornal, revista, vários trabalhos. O que você deseja mais? Qual o sonho que ainda não realizou?
IQUE: Realmente a vida me deu muitas alternativas e acabei experimentando quase todas. Como chargista eu tenho um desejo claro de parar a qualquer momento. É um trabalho muito estressante, exaustivo, que exige atenção constante e já estou cansado da rotina desgastante da profissão. A televisão ainda me fascina muito e sei que tenho muitas coisas importantes a realizar. Isso me estimula e me dá energia pra continuar investindo nesta área. Mas o meu maior sonho para o futuro é poder me dedicar à pintura e a escultura como realização de artista, e como meio de vida, pretendo ter minha grife, onde os mais de 10.000 desenhos realizados durantes esses mais de 30 anos, pudessem ser aproveitados e consumidos como obras de arte, como moda, como objetos de decoração.
Se isso tudo acontecesse, eu poderia dedicar uma parte de meu tempo pra realizar uma obra social importante, passando toda a minha arte e técnica pra crianças que jamais teriam ou terão acesso a elas. Assim como acontece com as escolinhas de futebol, de tênis, de surf e outras. Além do desenho, pintura, escultura, artes digitais, design, escola, lazer, cultura e desenvolvimento emocional, disponibilizar minha arte para formar artistas completos com bagagem pra competir inclusive no mercado internacional.

Revista Península: Para concluir, o Ique por Ique?
IQUE: Eu sou muito simples. Amo minha família e meus amigos, consciente do que eles representam no meu equilíbrio emocional e profissional. Quero um mundo melhor para todos e acho que a verdade é absoluta e o caráter fundamental.

*O Prêmio Esso de Jornalismo é um programa institucional da Esso Brasileira de Petróleo que, desde 1955, promove o reconhecimento do mérito dos profissionais de imprensa através da indicação e da escolha dos melhores trabalhos publicados em jornais e revistas, segundo o julgamento de comissões independentes formadas exclusivamente por jornalistas e especialistas da área de Comunicação.

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12 de jul. de 2009

Edição 06

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E D I T O R I A L
Colocar o pé na estrada, descobrir novos caminhos, conhecer recantos
maravilhosos, viajar...

O destino? Nacional ou internacional? Hotel cinco estrelas ou albergue? Praia ou montanha? Neve ou sol? Detalhes, apenas detalhes, que não entram nem na bagagem. O fato é que faz parte da natureza do homem essa busca pelo novo, pelo ir e vir, por culturas diferentes, gastronomia, por aproveitar o que a vida tem de melhor.
Se hoje, você entrar em qualquer agência de turismo vai perceber que o mercado está aquecido, que, de uma forma ou de outra, muitos estão por aí, nos quatro cantos do planeta, registrando cada imagem, com a câmera, os olhos e a alma, não necessariamente nesta ordem.
Férias é uma palavra mágica, ela nos faz lembrar cada viagem e sonhar com as próximas. Ela nos remete ao passado, ao futuro e faz do presente um grande presente para você ou para toda a família.
viajar...
Perder a noção do tempo, se livrar, mesmo que momentaneamente, da tirania de horários, se perder em becos ou vilas, mesmo que, dentro da bolsa, você carregue seu GPS. Aventuras que estão por vir, diversão, descobertas, experiências de vida, troca, cultura, mala cheia – sempre.
Mas qual é mesmo o seu destino? Ainda não sabe? Então, embarque nesta edição, leia, pesquise e escolha o melhor roteiro da sua vida.
TT

11 de jul. de 2009

Carlinhos de Jesus, dançando conforme a música


Tereza Dalmacio


Ritmo. Gingado. Com certeza essas duas palavras fazem parte da natureza do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus.
É impossível falar ou pensar nele sem fazer uma ligação direta com a dança, com a arte, com a música. No salão ou na avenida, o seu trabalho rompeu fronteiras e conquistou o Brasil e o mundo. Carioca da gema, nascido no bairro de Marechal Hermes e criado em Cavalcante, ele é símbolo da dança de salão no país.
Currículo extenso e simpatia maior
ainda, atualmente, é diretor da Casa de Dança Carlinhos de Jesus. Vamos conhecer um pouco mais dessa figura bonita, ícone da dança
nacional e um homem que dança conforme a música, em todos os sentidos.
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Revista de Bordo: Vamos começar pela Casa de Dança. Como é esse projeto que já conquistou muita gente e que realiza espetáculos de sucesso de bilheteria como “Aquarela”, “Isto é Brasil” e “Pé na estrada”? É um sonho realizado?
Carlinhos de Jesus: Sim, é um grande sonho realizado. Sempre imaginei a dança de salão como espetáculo, queria levá-la para os palcos.

RB: Você é um grande defensor do estilo que o samba, o bolero, o suingue e a salsa invocam em nome da cultura latina. É uma proposta da Casa de Samba Carlinhos de Jesus manter vivo todos esses estilos?
Carlinhos de Jesus: Sim, principalmente os ritmos brasileiros. Nas nossas reuniões pedagógicas, que acontecem todas as segundas-feiras, a partir das 13h, discutimos muito a forma de manter vivo o nosso estilo, sem prejuízo às nossas características e tradições. Claro que a dança modernizou, não podemos perder isto de vista, mas também jamais podemos perder os movimentos que representam a nossa identidade, a nossa cultura.

RB: Agenda cheia? Tournée pelo Brasil? Conta pra gente onde o Brasil encontra Carlinhos de Jesus?
Carlinhos de Jesus: Hoje faço tanta coisa extra, espetáculos e aulas, que me deixam com a agenda cheia de compromissos. Tournée pelo Brasil só com patrocínio, que se encontra "parado" no momento. Estamos aguardando os acontecimentos, a definição desta crise que está afetando agudamente a arte no Brasil. Temos viajado pelo Brasil para eventos fechados de empresas e esperamos, em breve, sair pelo país com o nosso novo espetáculo. Se Deus quiser!!

RB: A Casa de Dança oferece audição para bolsista. Uma forma de descobrir novos talentos e dar oportunidade para muitos jovens. Todo mundo pode participar?
Carlinhos de Jesus: Para participar da seleção de bolsistas tem que ser jovem, carente, estudante e que queira ter, na dança, uma perspectiva. Nossos bolsistas participam de um programa de profissionalização, eles têm que ter como objetivo aprender o "ofício" e não somente dançar por diversão.

RB: Você é um homem preocupado com o social e abre espaço para os menos favorecidos. Fala um pouco desse trabalho?
Carlinhos de Jesus: Além do Programa de bolsas, estou sempre pronto a ajudar nos projetos e eventos nos quais acredito. Ontem mesmo, 05 de abril, no "sol quente," estava, graciosamente, na Quinta da Boa Vista para o Evento "Dia Mundial da Atividade Física", organizado pelo Ministério da Saúde, com a finalidade de estimular a população a se exercitar, mostrando os benefícios da atividade física. Acho que, como formador de opinião, devo participar destas atividades.

RB: Na carreira, foram vários prêmios e homenagens, reconhecimento do público e dos colegas. Seu depoimento está gravado no projeto "Memória do Povo da Dança do Samba” no Museu da Imagem e do Som. Requisitado para preparação corporal de vários artistas nacionais e internacionais como: Jaqueline Bisset, Richard Dreyffuss, Jorge Perigorria, Elba Ramalho, Tânia Alves, Cristiane Torloni, Zezé Polessa, Milton Nascimento, Alexandre Pires (Só Pra Contrariar), Paulo José, Renato Aragão, Maurício Mattar, Lúcia Veríssimo, entre outros. É o único dançarino popular com participação especial no "Rock in Rio", 1991. O currículo é imenso e as conquistas maiores ainda. Mas o que mais toca o coração de Carlinhos de Jesus?
Carlinhos de Jesus: A vontade de vencer, a dedicação, a ética, o amor e a fidelidade.

RB: Vamos ao ping-pong?
A maior paixão, depois da dança? O “Lapa 40 graus Sinuca e Gafieira” - Lapa - Rio de Janeiro.
Uma saudade? Meus pais.
Um desejo? Organizar minha vida e, tirar férias com toda a minha família.
Um projeto? A Dança de Salão Brasileira como matéria no ensino fundamental.
O que o falta no Brasil? Bons Políticos.
E o que sobra? Impunidade.
Carlinho de Jesus por Carlinho de Jesus? Perfeccionista.
Uma mensagem para o nosso leitor? Dance muito, lhe fará muito bem!