Tenho certeza.
O bom velhinho de barba branca mora dentro de cada um de nós. Para muitos, ele dorme a maior parte do ano e desperta nesta época, cheio de energia, alegria e com desejo enorme de fazer o bem, presentear, confraternizar.
Para outros, ele está sempre num cochilo leve e acorda várias vezes ao ano. É o São Nicolau*, outro nome para o nosso Papai Noel. Presenteia, o ano todo, os mais carentes, necessitados. Está sempre pronto a fazer o bem. No tempo das festas, trabalha dobrado, triplicado, para chegar ao maior número de pessoas: asilos, creches, orfanatos. Enche e esvazia a sacola com muita rapidez e alegria.
Há ainda um terceiro grupo, o grupo da magia, da inocência, que coloca os sapatinhos na janela, escreve cartas e aguarda ansioso a noite do dia 24 de dezembro. A criança viaja nesse sonho e o leva para o resto das suas vidas, e tenta oferecer o mesmo aos seus filhos.Lembro quando meu filho mais velho me perguntou se Papai Noel existia, lá pelos 4 ou 5 anos. Respondi que existiria enquanto ele acreditasse, dentro dele, no seu coração. Juro que não sei se funcionou. Anos se passaram, ele cresceu, casou e hoje tem uma filhinha. E foi com muita emoção que recentemente o vi dar a mesma resposta a sua filha, Sofia, de 6 anos.
Ele me olhou, nos abraçamos e tivemos a certeza absoluta de que papai Noel existe e estará sempre vivo em cada um de nós.
Agora aguardamos a manhã do dia 25, quando a Sofia vai sair correndo pela casa, gritando de euforia, porque Papai Noel deixou uma boneca linda em seus sapatinhos.