31 de jan. de 2011

O outro lado carioca


Por Tereza Dalmacio
FOTO THIAGO ESTEVES
e MARCELO SYAD

“Rio, gosto de você, gosto de quem gosta deste céu, deste mar, desta gente feliz.” Nada mais inspirador, poético e real do que a letra da música “Valsa de uma cidade”, de Ismael Netto e Antônio Maria, com relação ao Rio de Janeiro.
A cidade é hino à paixão e ao prazer. Serras, montanhas, mata, mar, uma gente alegre, de corpo dourado e muito alto astral. A cidade é linda, mas não é apenas poesia açucarada. Abriga também versos duros – que esfolam, fazem chorar – de um povo que não foge à luta.
O mundo leu estas linhas bem recentemente. A luta pela paz, o NÃO à bandidagem, o grito de uma população calada e amedrontada tornou outro hino, tão belo e inspirador.
E se você vem ao Rio de Janeiro pela primeira vez, expanda a sua visão, abra o leque e mapeie a cidade como um todo.
Não deixe de subir o Cristo Redentor, o nosso maior cartão postal, mas conheça também a Igreja Nossa Senhora da Penha de França, a bela Igreja da Penha. Santuário católico localizado na Vila Cruzeiro, no bairro da Penha. Cenário do conflito armado entre a Polícia e bandidos, que neste episódio, foi o pano de fundo da eterna briga entre o bem e o mal. E sobre o olhar imponente dessa construção com 382 degraus, que hoje é símbolo da luta de um povo sofrido e guerreiro, o Rio de Janeiro começou a virar a página, em busca de uma cidade mais segura para o seu cidadão e seus visitantes.




“...transite, se mexa, abra os olhos,
se deslumbre, de norte a sul,
passando pela zona oeste, o
Rio de Janeiro vai surpreender você”.

Mas independente de toda simbologia, a vista panorâmica é de tirar o fôlego. De lá se avista o Galeão, o centro da cidade, o Pão de Açúcar, o Fundão e, claro, o palco da luta armada, do final de 2010.
E se falamos da vista da cidade, do Cristo Redentor, o que se revela é o maior cartão postal do mundo.
Portanto, transite, se mexa, abra os olhos, se deslumbre, de norte a sul, passando pela zona oeste, o Rio de Janeiro vai surpreender você.
O Rio de fama internacional. Barra da Tijuca, Ipanema, Copacabana, Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Parque Nacional da Tijuca, a maior reserva natural urbana do Brasil, atrações que a cidade oferece. Mas tem muito mais para quem busca lazer e muita diversão.
As praias, que são um convite e lançam moda para o Brasil e para o mundo. Aqui circula um povo bonito, antenado, espirituoso, com uma forma de viver bem especial. O jeito carioca não agrada a todos, mas conquista muitos.
O Rio de Janeiro, que será arena das maiores competições do mundo: Copa Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Milhões de dólares estão sendo investidos em infraestrutura e segurança. Se já éramos uma vitrine, agora somos janela. Todo mundo olha, todo mundo observa. Dizem até que o Rio dará um salto de 40 anos em 5.
O Rio de Janeiro, que como diz a canção, a cidade desta gente feliz. Agora, bem mais feliz.



Valsa de Uma Cidade
(Ismael Netto e Antônio Maria)
Vento do mar e o meu rosto no sol a queimar, queimar
Calçada cheia de gente a passar e a me ver passar
Rio de Janeiro, gosto de você
Gosto de quem gosta
Deste céu, deste mar, desta gente feliz
Bem que eu quis escrever um poema de amor
E o amor estava em tudo o que vi
Em tudo quanto eu amei
E no poema que eu fiz
Tinha alguém mais feliz que eu
O meu amor
Que não me quis



27 de jan. de 2011

E D I T O R I A L
Chove chuva,
chove solidariedade
Mal 2011 chegou e o novo já dá lugar as velhas manchetes. O verão, há muitas décadas, continua a provocar tragédias no Estado, e esta, a maior do país.
Podíamos nos apegar a esta tristeza e olhar para frente esperando sempre o céu cinza. Mas o sol é possível, o calor também. Calor humano que se multiplica, que cobre os desabrigados com a solidariedade.
Aqui na Península, um ônibus cheio, levou o desejo do morador em ajudar na reconstrução. Mais uma vez o brasileiro mostra que não foge a luta, que sua gente é guerreira.
E isso traz esperança. Traz o desejo maior de fazer diferente, de contribuir e acreditar.
Nos deixa com aquela sensação lúdica de que milhões de guarda-chuvas cobrirão famílias inteiras. Que independente da classe, credo ou cor, somos todos irmãos.
E começar o ano somando com o outro, apesar da dor, é um belo gesto. E é assim, com belos gestos, que a vida tem mais sentido e se mostra mais fértil.

26 de jan. de 2011

Bons fluídos

O imaginário popular está povoado por fadas, duendes, bruxos, magias, cartomantes, gente que vê e prevê o futuro. A famosa bola de cristal e o espelho mágico não são apenas contexto de histórias infantis, mas desejo secreto de muita gente.

Quantas pessoas procuram desvendar o futuro, saber se vai ter saúde, se vai ganhar dinheiro ou encontrar um novo amor? Você se situa nessa fatia imensa da população?
Na virada do ano, aparecem os mais variados “bruxos” dando a receita da felicidade para o ano que vai nascer. Outra legião afirma que nesse ano novo teremos isso ou aquilo. Então vamos fazer um trato agora e conferir se algumas dessas profecias foram cumpridas.
Passeando pela internet, encontrei vários sites do mundo esotérico dando previsões para 2011. No mundo da política, há quem diga que a nova Presidente chegará ao final deste novo ano com a popularidade em baixa por causa da crise financeira mundial; há até um previsão de morte para um político muito conhecido, não darei o nome, mas ele tem mais de 80 anos, portanto...vai se saber, não é mesmo?
No mundo das celebridades, a coisa também anda feia. Há previsão de morte para diversos atores e atrizes. “Pé de pato mangalô três vezes”, como dizem os antigos na hora de isolar uma má notícia.
Gente, o “adivinhodobro” anda a toda no mundo virtual. Mas vamos fazer o seguinte. Vamos olhar para o mundo real. Vamos fazer a nossa parte. Trabalhar, construir, viver com amorosidade, gentileza, cidadania. Se a gente fizer a nossa parte, com certeza o universo vai conspirar a favor: do bem, da paz, da vida.
Ah, joga tudo isso no seu caldeirão – aquele no meio no peito, forte, vibrante –, que vai dar certo. Acredite. Em você.