É de pequeno que se aprende,
lembra?
O
mês de março é aquele que “fecha o verão”, começa o ano e ainda se comemora o Dia
Internacional da Mulher. Poderíamos dizer que o feminino anda forte no país –
temos até uma presidente mulher –, mas o coro que vemos está bem dissonante.
Mas
estamos aí, trabalhando muito, em jornada dupla, às vezes tripla, e a conta não
bate.
A
conta da igualdade salarial. A conta da divisão de tarefas domésticas. A conta
no final do mês. Temos apenas lamentos? Também não é verdade...
A
mudança de uma sociedade mais igualitária, mais justa, está na mão da maioria
das mulheres mesmo. Somos nós que precisamos colocar a mão na massa. Somos nós
a ferramenta da transformação.
“Como?”,
você deve estar se perguntando. Educando. Isso gente! Educando nossos filhos.
Todos os homens que aí estão foram educados por mulheres, foi no seio da
família que aprenderam o be-a-bá do machismo. Assuma a sua parcela de culpa pelo
menos.
Eu acredito que
tenha contribuído para essa grande revolução que está em curso há séculos, que
começa com um trabalho de formiguinha; cada uma fazendo a sua parte para
transformar o coletivo.
Criei filhos, ajudei
a formar homens e o que vejo hoje são adultos responsáveis, compromissados com
as mulheres que escolheram como companheiras e participativos na vida
doméstica. Cresceram vendo o pai também fazendo a mesma coisa.
O ser materno tem
função muito maior do que gerar, mas sim ensinar, e a educação é a mola
propulsora de melhoria para cada setor da vida de um indivíduo.
E as mulheres têm o
que para comemorar?
É uma pergunta
intima, que apenas você pode
responder. Eu tenho, e acredito que muitas outras também. Celebrar as pequenas
conquistas e jamais fugir da luta.
A luta da paz, da
gentileza, de homens e mulheres em sintonia na busca permanente por uma vida
melhor para todos. Independente do credo, da raça, do sexo, das escolhas,
sempre ensine respeito e educação desde o berço. Afinal, é de pequeno que se
aprende, lembra?
Tereza Menezes Dalmacio
Editora-Chefe