9 de set. de 2009

Bruno Mazzeo


Renova o humor brasileiro e nos presenteia com o seu talento
Ele já dispensa rótulos como “o filho de Chico Anysio”, mas, nem por isso, podemos deixar de olhar para o seu berço. É impressionante o brilhantismo destes dois humoristas. O Bruno traz, na alma, o olhar apurado diante do cotidiano, a irreverência e uma forma deliciosa de expressão. O que ele nos mostra já vivenciamos, e isso é único. Alguns episódios do programa “Cilada”, que ele escreve e protagoniza, parecem histórias de gente como eu e você. O simples que transforma, que nos aproxima. A sacada inteligente que torna o cotidiano lúdico. Isso é Bruno Mazzeo, que cresceu nos bastidores, que, das coxias, observou as cenas, absorveu o que viu, que colocou pra fora o seu DNA. Toda essa bagagem serviu de alicerce, mas Bruno já subiu paredes e andares nessa construção pessoal e profissional e vem nos presentando com um trabalho inovador, rico e surpreendente. Com vocês...




Você precisou de um certo distanciamento do Chico Anysio, deixar de trabalhar com ele para mostrar o seu talento?




Bruno Mazzeo: Para mostrar talento não, mas para fazer com que as outras pessoas que não me conheciam passassem a respeitar o meu trabalho. Quando fui escrever Sai de Baixo, meu primeiro projeto sem meu pai, percebi que o olhar das pessoas mudou. Infelizmente isso acontece, mas talvez seja normal... Nunca parei pra pensar sobre isso, porque nunca fui prejudicado.




Conta pra gente um pouco desse começo, a descoberta da carreira, o desejo de também ser humorista.
Bruno Mazzeo: Começou com a influência que sofria do meu pai. Gostava de ir às gravações, me divertia, era como um hobby. Meu pai, ao perceber isso, sempre me incentivou e, hoje, tenho plena certeza de que, se não fosse filho dele e não tivesse recebido o incentivo, talvez não estivesse aqui agora dando essa entrevista.




Cinema, televisão, teatro, onde você gosta mais de estar?




Bruno Mazzeo: Gosto de bons trabalhos, independente do veículo e da minha função dentro deles. Estou envolvido em projetos de TV, cinema, teatro e até rádio, e curtindo todos, porque são projetos legais, com gente bacana. Mas agora, vou dar um tempo no teatro e investir mais no cinema, que é uma nova droga na minha vida.




Ator, humorista e roteirista. Como você costura todos esses talentos? Preferência por uma ou outra função, ou elas se somam e se multipicam?
Bruno Mazzeo: Acho que se somam. O fato de escrever me ajuda na hora de interpretar, mas quando o texto não é meu (como foi o caso em Beleza Pura), procuro entender que minha função ali é só atuar. Adapto, mexo pra colocar na minha embocadura, mas não fico pensando como eu escreveria aquilo...



Como é ser filho de um gênio como Chico Anysio e da atriz Alcione Mazzeo? Até onde isto é um aliado? E onde complica?
Bruno Mazzeo: Me ajudou na hora de entrar, eu seria hipócrita se negasse isso. Mas chega uma hora em que nada disso importa, e você tem que usar seu talento. E é claro que eu sou beneficiado por ter tido uma escola em casa.




O programa “Cilada” tem provocado muitas ciladas para a sua vida? Como é o assédio dos fãs no seu dia-a-dia?
Bruno Mazzeo: Muito agradável, as pessoas falam comigo com admiração e respeito.




Projetos, planos, desejos. O que vem por aí?
Bruno Mazzeo: Novas temporadas do Cilada no Fantástico e no Multishow; o filme “Muita Calma Nessa Hora” em Janeiro; três filmes previstos pro ano que vem; duas possibilidades de livros; um programa de rádio; meu blog... fora outras coisas que ainda vão pintar.




Bruno Mazzeo por Bruno Mazzeo?
Bruno Mazzeo: Um homem em construção.