9 de set. de 2009

Em cena, Elizabeth Savala


Falar de Elizabeth Savala é viajar na dramaturgia, passeando pela cultura nacional. Elizabeth é talento na TV, no cinema ou no teatro. Surpreende, instiga, mexe com a imaginação do público. A sua primeira aparição na TV foi em 1974, na TV Cultura de São Paulo, com o especial “Chá das quatro”, de Cassiano Gabus Mendes; em seguida, com apenas 19 anos, participou da novela “Gabriela” (1975), interpretou a Malvina de forma avassaladora e recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte como atriz revelação. De lá pra cá, foram 28 trabalhos na telinha, 8 peças e diversos filmes.




Elizabeth é mãe de quatro filhos, Thiago, Diogo, e os gêmeos Ciro e Tadeu. Os dois primeiros também são atores. Uma mulher de fé e apaixonada pela vida. A atriz é membro, há mais de 20 anos, da Igreja Messiânica Mundial.




No momento, participa da novela “Caras e Bocas”, como a personagem Socorro e, há 6 anos, está em cartaz com o monólogo “Friziléia – uma esposa à beira de um ataque de nervos”. Foram 267 mil espectadores em 409 funções em teatros de 33 cidades, 14 funções em 7 lonas culturais da Zona Oeste do Rio, 9 funções em 4 cruzeiros marítimos, além de 23 apresentações ao ar livre em 3 favelas do Rio e em 20 cidades de pequeno porte do interior de São Paulo. Texto de Camilo Átila, dirigido por Luis Arthur Nunes. Uma comédia rasgada e imperdível.


Muita gente já viu esse sucesso de bilheteria, mas quem não viu ainda, pode ver onde?
Elizabeth Savala: Estaremos em cartaz a partir desse mês, no Teatro dos Grandes Atores, na Barra, depois de 6 meses no Teatro Vanucci, no shopping da Gávea, e de seis anos por todo Brasil.




Friziléia não é nenhuma
marca de sandália,
mas cabe no pé de todas
as mulheres.



Conta pra gente um pouco desse trabalho?
Elizabeth Savala: Eu adoro a Friziléia, ela tem tudo a ver comigo e com todas as mulheres. Um dia, uma pessoa que assistiu ao espetáculo me disse: Friziléia não é nenhuma marca de sandália, mas cabe no pé de todas as mulheres. Achei perfeito.


Você diria que a Friziléia é um retrato da dona de casa brasileira?
Elizabeth Savala: Não só da dona de casa, mas daquelas mulheres que trabalham, têm filhos, maridos, namorados, amantes, que têm de estar sempre limpinha, cheirosa, magra, malhada, sem TPM ou calores pré-menopausa, com os cabelos sempre bem tratados, com a casa limpa, organizada, com a despensa e feira feitas, com os filhos na natação, ballet, judô, futebol e com lição de casa feita, que frequentam as reuniões de pais, onde só as mães vão, que passam a noite ao lado dos filhos com febre e, no dia seguinte, estão em pé cedo pra dar conta do dia e do trabalho e do chefe, sempre bem mal-humorado.A Friziléia é uma dessas mulheres e, por isso, com ela nós nos identificamos.


Como é estar em cartaz há tanto tempo com o mesmo trabalho?
Elizabeth Savala: Eu adoro! Já me habituei. Com o "'E" do Millor Fernandes, ficamos 8 anos, portanto a Frizí está fresquinha ainda!


Então, cada apresentação é uma novidade?
Elizabeth Savala: Exato, sermpre há um público novo, uma energia nova.




Do teatro para a TV. A Socorro da novela das sete da Rede Globo, Caras e Bocas, tem um papel importante na trama, conta pra gente o que ainda vem por aí. Podemos esperar alguma reviravolta para a sua personagem?
Elizabeth Savala: Bem, eu acho que ela não vai se casar com o macaco, embora muita gente me peça pra ficar com ele.(risos)


O folhetim de Walcyr Carrasco aborda temas polêmicos como o tráfico de animais (o macaco Chico), a deficiência visual (Anita), o machismo (Gabriel), entre outros. Você acredita que essa abordagem esclarece o público ou a informação se perde dentro da história?
Elizabeth Savala: Veja bem, estamos contando uma história e não fazendo jornalismo, mas de qualquer forma, sempre fica uma mensagem subliminar. E o Walcyr é muito bom nisso!


TV, cinema ou teatro?
Elizabeth Savala: Todos, desde que haja paixão pelo personagem e pela história.


Para encerrar, deixe uma mensagem para os nossos leitores.
Elizabeth Savala: Espero vôces aqui, no Teatro dos Grandes Atores. É muitooooo booom fazer teatro, mas ele só existe quando há comunhão entre o ator e o público, é aí que a mágica acontece.


http://www.frizileia.com.br/